quinta-feira, 3 de junho de 2010

Azar o seu

Se ferradura fosse bumerangue

A sorte ia e vinha num instante


Se pé de coelho desse tanta sorte

Com as quatro, o coelho escaparia da morte


Saci canhoto nunca sai do leito

Por não poder acordar com o pé direito


Se tem azar quem quebra o espelho

Pobre coitado de quem nasce feio


Faz mal pra mãe, chinelo emborcado

Fica pior pro filho que é danado


Se não existe enterro de anão

Por que não são pilotos de avião?


Passou por mim o pobre gato preto

Não sou um rato pra morrer de medo


Leite com manga dá indigestão

Daí, pra morte, tenho muito chão


(Yussef Kalume)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Complete...