quinta-feira, 3 de junho de 2010

Prefiro o fim

O passado não mais condena

Tudo valeu à pena.

Seja eterno.


Pro futuro, o que nos aguarda?

Você de véu e grinalda

E eu de terno?


Se, hoje, estamos no inferno

E já não contemplo teus risos

Pelo que, então, eu espero?

Se foi-me vetado o paraíso?


Se, contigo, não me alegro

E o que falo, pra ti, é zumbido

Se não me desejas por perto

E quando desejas me irrito


Prefiro seguir sozinho

Quem sabe, tomemos um vinho

Talvez, vire teu vizinho

Não marido


E quando houver esquecido

De tudo que foi prometido

Saberás que foi bom ter vivido

E não mantido.



(Yussef Kalume)

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