Se somos feitos de barro
Por que não somos pedra?
Um jarro cheio de dor
Não vale mais que um vaso de merda
O barro chora e reclama
Quando se vê na lama
Pelo amor duma costela
Acende uma vela
Enxerga-se nela
Sonha em ser duro
Mas é só cera da terra
Quem firmou esse muro?
A quem favorece essa regra?
“O maior amor do mundo
É uma beleza que se mostra às cegas”
Por que está tudo escuro?
Não havia eu acendido uma vela?
Sendo assim, deito e durmo
Aguardo o furto d’outra costela.
(Yussef Kalume)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Complete...