Tô de cara pra coroa
Mas não tô à toa
Melhor é ficar de boa
Que perder a mão
Não havendo outra pessoa
O pensamento voa
Não quero ser Rock Balboa
E nem campeão
Nunca fui honesto
Não prendi bandido
Não servi o Exército
Nunca fui ladrão
Hoje, te detesto
E sou, por ti, querido
Nunca fiz protesto
Pra encarar a prisão
Que levem os amuletos
Restam-nos os dedos
Vão-se os dedos, não calejo
Fica o coração
Se arrancar outro pedaço
Me despeço em beijos
Ergo o meu último dedo
E corto a outra mão
Nunca fui modesto
Sou até metido
Não me manifesto
Finjo ser esquecido
Digo que não presto
Escondo o coração
Distribuo o resto
Pela multidão.
(Yussef Kalume)
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