Ela embrulhada no edredom xadrez
Qual presente, ali deitada, por volta das seis
Dormiu no meio do filme
Sentiu ciúmes do sonho que teve com nós dois
Eu disse: “Deus me livre!”
“Volta a dormir, meu bem, me conta teu sonho depois”
Eu sentado ao lado e ela acorda de vez
O espelho do armário expõe sua nudez
Ela me pede um fino
Pergunta que horas são e diz que tem que trabalhar
“Mas hoje ainda é Domingo”
E o trabalho todo era da cama levantar
E trança a perna em mim
Pedindo preu fazer cafuné
E passa o dia assim
Lutando pra não ficar de pé
E o dia chega ao fim
Me pede pra passar um café
“Mas, é claro que sim!”
Tem mais amanhã, se Deus quiser.
(Yussef Kalume)
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