quinta-feira, 3 de junho de 2010

Viva o Diferente!

Sou assim

Você é de outro jeito

Diferença não é defeito

O pior é ser igual


Nada mal

O que difere impõe respeito

Isso faz pra ser aceito

Bate o peito e mostra o pau


Afinal

Se tudo for tão uniforme

E tão dentro dos conformes

O que vai nos restar de novo?


É um estorvo

Ser mais um na multidão

A cantar um tal refrão

Ser apenas mais um povo


Até o polvo

Com seus múltiplos tentáculos

Deixa de ser espetáculo

Quando é só fruto do mar


Paladar

Quando vem junto ao faro

Encara até o que é bizarro

Não pára pra analisar


Vatapá

Pode ser também uma ordem

Pode ser que não concordem

Pode ser... então, deixa estar


Mas, se tapar

Que não seja a minha boca

Tampouco daquela louca

Nem ninguém que quer falar


(Yussef Kalume)

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