Na língua há um papa
Um papa que prega
A língua pregada não fala
Sem papas na língua
Não poupa palavras
Já a língua empapada engasga
Solta o verbo, Nem!
Solta o verbo, Nem!
Pois “nem” tem direito
De responder à altura
Sem medo, sem trava e censura.
E “nem” tem direito
De responder à altura
Sem freio, sem tapa e sem dura.
(Yussef Kalume)
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