Na terra de perfeitos
Onde todo mundo é feliz
Só chora quem na vida alheia
Recusa-se meter o nariz
A vida que pertence ao outro
Acolhem qual quem dá esmola
Cobram, dela, quase o dobro
E esperam fazer dela escola
Um mundo diante do espelho
Com leis firmadas no que quero
A todos, repasso os conselhos
E o espelho que me cega, quebro
Se o mundo esbanjasse ouro
Aliança mudaria de cor
A raridade gera o tesouro
E a diferença define o valor.
(Yussef Kalume)
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