Eu louvo o que não vejo
Um pouco de mim mesmo
Eu corro pros teus beijos
E morro num solfejo
Tão louco, te desejo
Qual árvore e relampejo
Sufoco de vez meus medos
E afogo, em ti, meus dedos
E busco o que não sinto
Qual mudo jogando bingo
Sou bruto quando não minto
Tão brusco enquanto brinco
E tento um novo disparo
Acerto o que não miro
Viro-me pro outro lado
Me amparo num ombro amigo
E brigo, mas não me calo
E saio buscando abrigo
Não sigo mais o meu falo
Mas falo o que não sigo
(Yussef Kalume)
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